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Arquitetos: Forma
- Área: 46 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Adrià Goula
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Fabricantes: Cosentino, Luz Negra
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto apresenta a reforma de um loft em um prédio num antigo bairro de Barcelona, que remonta a 1916. O espaço possui uma área de 46 m2 e em seu estado original apresentou uma imagem sombria e excessivamente compartimentada. Os únicos pontos de ventilação e iluminação são as duas janelas da fachada, uma vez que o apartamento possui apenas um pequeno pátio de serviço fechado, onde o elevador posicionado posteriormente ocupa a maior parte. O objetivo principal é conseguir o máximo aproveitamento de luz natural e ventilação no apartamento. A estratégia é acumular as instalações e espaços de armazenamento na extremidade da fachada para libertar o resto do apartamento. Aproveitamos uma quebra nas paredes do perímetro para colocar a cozinha.
Loft
A estrutura do edifício está localizada no perímetro, o que nos permitiu demolir todas as divisórias interiores, obtendo um espaço diáfano. O piso parece um sótão, simplificamos a distribuição para obter um grande espaço aberto para desfrutar da iluminação e ventilação das duas janelas frontais. Somente as paredes perimetrais atingem as vigas, percebendo todo o apartamento de qualquer ponto. O armário e o banheiro são os únicos dois espaços fechados que são inseridos transversalmente como caixas que não chegam ao teto para garantir privacidade ao banheiro.
Limites abertos
O apartamento é uma sucessão linear de três grandes espaços conectados: área de serviço / dormitório / sala de estar. Projetamos limites internos para gerar diferentes graus de privacidade e usos entre espaços:
Entre a área de serviço e a sala, o alinhamento do último volume coincide com a súbita mudança de materialidade que gera um limite claro. Perceptivamente, faz você distinguir dois espaços totalmente diferentes.
Entre a sala e o dormitório, onde a estrutura das vigas muda de direção, projetamos um sistema de portas deslizantes e dobráveis, criando uma membrana intermediária flexível que permite transformar o espaço. As portas se movem individualmente gerando uma composição dinâmica com inúmeras posições e graus de relacionamento.
Materialidade
A primeira ação que fizemos foi remover todos os materiais sobrepostos ao longo dos anos até alcançar os elementos construtivos tradicionais. Os novos materiais que foram incluídos, embora claramente atuais, dialogam harmoniosamente com os antigos, criando uma percepção de unidade e atemporalidade. As vigas de madeira são descascadas para realçar e enfatizar a sensação de um telhado infinito e contínuo. Os volumes do banheiro e do closet são construídos sem reboco, de modo que sua textura contrasta com a parede de tijolos expostos que percorre toda a casa. Pintamos o fundo do piso de branco, já que é a área mais escura, melhorando a iluminação natural e destacando o piso de cerâmica original que havíamos realocado nas áreas de serviço.
